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PERSONALIDADES

SIMÃO PAIS DO AMARAL

     Neto paterno de Miguel Paes do Amaral e de sua esposa D. Ana do Amaral, o Padre Doutor Simão Paes do Amaral foi um dos catorze filhos de Simão Paes do Amaral, natural da Vila de Mangualde e 7º Senhor da Casa de Mangualde, e D. Leonarda Maria de Castelo Branco Albuquerque.

     Oriundo de uma família abastada e das mais importantes de Mangualde, mas muito dedicada ao Reino, à sociedade e à igreja, Simão Paes do Amaral foi Prior de Treixedo, tendo sido o primeiro a celebrar missa na Igreja Matriz de Treixedo, cuja primeira pedra fora lançada pelo seu predecessor, o Padre João Ayres Correa de Abreu, em 29 de maio de 1712.

     Afetado por uma febre maligna, chegou a estar moribundo, mas conseguiu recuperar da grave maleita, facto que foi visto como milagre. No Santuário de Nossa Senhora do Castelo de Mangualde, num dos diversos ex-votos colocado nas paredes, com inscrições referentes aos milagres de Nossa Senhora, há uma referência ao Revendo Padre Doutor Simão Paes do Amaral. Nela consta: “Enfermando mortalmente de uma febre malina, nesta vila de Mangualde aos 7 de 7bro, de 1743, o Reverendo Simão Paes do Amaral, prior da paroquial de Treixedo, e estando com todos os sacramentos sem esperança de vida, recorreu seu Pai Simão Paes do Amaral à protecção da Senhora do Castelo com seus votos e lhe alcançou saúde livrando da dita doença. Em memória do que mandou pôr aqui este quadro.”

     O seu legado como humanista e benfeitor para com os mais desfavorecidos demonstra a sua predileção pelas gentes de Treixedo. Além de considerar que poderiam receber dote as jovens mesmo que não fossem órfãs, fez com que a atribuição do dote fosse alternada entre o Provedor e restante Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde (a que seu pai estava ligado) e o Prior de Treixedo, abrangendo assim não apenas Mangualde, mas também Treixedo, auxiliando, desta forma, os mais desfavorecidos da terra, onde era pároco, criando também essa função para os seus sucessores.

     A sua sepultura, coberta de uma lápide esculpida, encontra-se em lugar de destaque no interior da Igreja Matriz de Treixedo.

VISCONDE DE TREIXEDO

     Embora as referências que conheçamos relativas à origem deste título sejam muito vagas, o 1º visconde de Treixedo, de acordo com o Anuário da Nobreza de 1985, foi Francisco de Gouveia Bandeira de Figueiredo, 1º visconde de Treixedo (03.07.1865 - 12.01.1951), em primeiro núpcias, casou com Beatriz Coutinho de Lemos de Azevedo e Bourbon; o segundo casamento foi com Maria Eduarda Augusta de Queirós Pinto de Ataíde Malafaia de Almeida e Vasconcelos. Teve quatro filhos: Maria da Conceição de Gouveia de Azevedo e Bourbon (do primeiro casamento) e Francisco José de Athayde de Almeida e Vasconcelos, Manuel de Ataíde de Almeida e Vasconcelos Pinto Mascarenhas, Luís de Athayde de Almeida e Vasconcelos Pinto Mascarenhas (do segundo casamento). Mais do que a pessoa, atualmente os treixedenses conhecem, ainda que superficialmente, o riquíssimo património que legou aos seus herdeiros em Treixedo (quintas e o Solar ou Capela, como é conhecido), património infelizmente condenado ao abandono, em grande estado de degradação e muito dele irremediavelmente perdido), além de um solar na Rua Direita, em Viseu, que hoje funciona como instituição bancária. O nome "Visconde de Treixedo" é também atualmente o rótulo de um vinho do Dão, comercializado por uma empresa fora da região.  (Fonte: ANP 1985 - Tomo II - pág. 201)

PADRE ILÍDIO BENTO DA CUNHA

     Natural de Pindelo dos Milagres (São Pedro do Sul), foi pároco de Treixedo durante 35 anos, onde celebrou a sua Primeira Missa no dia 6 de Janeiro de 1946. Abandonou a paróquia em 1981, por motivos de doença. Durante mais de três décadas à frente da comunidade religiosa, batizou e casou a maior parte dos atuais adultos de Treixedo e de muitos outros espalhados pelo Mundo. Os seus dotes de excelente orador e pregador eram conhecidos em toda a diocese e distrito de Viseu. Passou a vida pregando e praticando o bem, ajudando e socorrendo os pobres, embora, pela sua coragem, rigor, disciplina e justiça, tivesse sido objeto de inimizade por parte de algumas pessoas. Chegou a estar preso por oposição ao antigo regime de Salazar. Foram por sua iniciativa diversas obras restauro da igreja, mantendo-a sempre no seu traço original: alteração do altar-mor de acordo com a renovação ditada pelo Concílio do Vaticano II, primeira eletrificação do edifício, primeira instalação sonora, relógio elétrico, substituição dos sinos, bem como a construção da nova igreja em Nagosela (que, à altura integrava a mesma freguesia e a mesma paróquia). A ele se deve também a cedência do terreno para a construção do Estádio do Carregal, ainda que mediante renda simbólica, por se tratar de património pertencente ao Passal.

PROF. JOSÉ PEREIRA DE MELO

     Professor do então designado ensino primário (hoje primeiro ciclo do ensino básico), chegou a Treixedo na década de 30, com apenas 18 anos, onde constituiu família. Durante muitos anos foi o único professor a ensinar em Treixedo e só em 1961, depois de construído o atual edifício, teve a companhia de outros decentes. Ao longo de toda a sua vida ensinou as primeiras letras e as primeiras contas a grande parte dos treixedenses que hoje estão em idade adulta. Ficou conhecido pela sua simpatia, rigor e dedicação à causa do ensino.

ANTÓNIO DOS SANTOS RIBEIRO

    Nasceu em 5 de agosto de 1896 e faleceu em 16 de abril de 1986. Casou com D. Maria Natividade Paiva e Costa, de quem teve dois filhos, mas cedo ficou viúvo, casando, em segundas núpcias com D. Arminda dos Santos Madaleno, de quem teve um filho. Conhecido em Treixedo como o "Senhor Ribeiro", foi um dos maiores comerciantes da terra e responsável por uma série de serviços importantes, como os correios e os telefones. Durante alguns anos exerceu também o cargo de Vereador da Câmara Municipal de Santa Comba Dão. A sua boa disposição, simpatia, amizade e altruísmo fizeram dele uma das pessoas mais respeitadas de Treixedo durante a vida. Ainda hoje a sua memória continua uma referência para muitos dos treixedenses.

ARNALDO DIAS

    Nascido em Treixedo, em 29 de abril de 1931. Apesar de residir em Odivelas, continua a ser, na atualidade, o maior benemérito de Treixedo e das suas gentes.

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